sexta-feira, outubro 30, 2009

Happy Happy Halloween

O Halloween que hoje conhecemos como fonte de brincadeiras de crianças, máscaras, abóboras luminosas e filmes de terror (grande parte de qualidade discutível) teve origem num festival celta que celebra o início do Inverno bem como a morte do ano velho e o começo do novo ano, o Samhain. O próprio Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados poderão estar originalmente ligados a esta celebração, visto que se acreditava que nesta altura do ano as almas dos entes queridos já falecidos visitavam a casa dos seus familiares à procura de comida e do calor de uma lareira.


É nesta noite que a fronteira entre o Outro Mundo e o nosso está mais ténue, permitindo que vagueemos entre mundos vendo o que não devemos ver...


Bons passeios nocturnos e Feliz Samhain!

^*^

A Cor do Elefante

Estranhamente acordou com a perfeita noção do local onde estava, a noite tinha sido longa e povoada de sonhos agitados, espreguiçou-se ruidosamente, esticando a tromba enregelada pela humidade que escorria pelas paredes da gruta acanhada, o seu abrigo nocturno, o espaço que lhe havia permitido recuperar o sono perdido nos longos anos da infância. Saiu da gruta, a agradável brisa quente da manhã envolveu-o preguiçosamente como o abraço de um amante meio adormecido, o ar espesso contrastando com o frio desagradável que se escondia lá dentro. Sentiu o cheiro do pólen que sempre o fazia espirrar, o zumbido louco das abelhas provocou-lhe uma agradável irritação, semelhante ao arrepio de frio que segue o primeiro contacto com o lençol. Sorriu, sorriu aquilo que a sua boca teimosa e amarga lhe permitia ainda sorrir, um pequeno esgar que espelhava o quanto amava a vida que encontrara naquele pedaço de sonho.
Caminhou lentamente, como fazia todas as manhãs, a pressa de viver não é muita quando as cicatrizes ainda ardem, as pequenas alegrias que preenchiam o seu dia nunca eram certas, por mais dias que passassem para lhe provar o contrário. Assim, caminhava sempre devagar, enganando o medo de não as encontrar no caminho, adiando o prazer de as encontrar.
Ao fundo avistou as antenas de Gisela, aparecendo por detrás da grande acácia, pela qual havia desenvolvido uma peculiar atracção gastronómica, o elefante levantou a estreita tromba num cumprimento mudo, ao qual a amiga respondeu com um aceno de cabeça e um sorriso rasgado, pontuado por pequenas folhas verdes que lhe cobriam os poderosos dentes brancos. A pequena Dana seguiu o olhar da mãe, encontrando a imponente traseira do paquiderme, que continuara o seu passeio matinal, esta visão bastou para que a pequena girafa largasse o saboroso banquete, e corresse na direcção do ancião. Passou por baixo das pernas deste, parando na sua frente, e obrigando-o também a interromper a marcha.
_ Bom diaaaaa Ernesto!! – gritou entusiasticamente a pequena – Porque é que és cor-de-rosa? – a mesma pergunta todas as manhãs, seguida da mesma resposta, que sempre provocava um sorriso genuíno em Dana.
_ Bem miúda, na verdade, foi o amor...quando eu era pequeno, assim mais ou menos o dobro do teu tamanho – aqui Ernesto passava a tromba pelas antenas de Dana, olhando para ela do alto dos seus olhos cansados e trocistas, e ela ria enquanto fingia amuar por trás das suas faces enrubescidas – caí dentro daquele rio – apontou para o sulco na terra onde outrora cantara um riacho, e onde hoje em dia apenas se amontoava lama e um ou outro peixe com intentos suicídas – fiquei submerso dez dias e dez noites – aqui a mesma exclamação se soltava do espanto inocente da pequena criatura malhada - a minha tromba foi a minha salvação...Enquanto a esticava alcançando a superfície para não perder a vida, outros não temiam perdê-la, antes a tentavam doar, desafiando a corrente do rio no encalce da sua razão de existir. Tantos ao meu lado passaram, com o escarlate das suas escamas a fustigar-me a pele, que o seu amor foi ficando em mim como recordação daquilo que eram.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Corações

É difícil agradar aos outros, fazê-los felizes, ajudá-los a encontrarem o melhor caminho para nos fazerem sorrir. Não quero tentar mais, quero estar sozinha, quero que isso me baste, quero que a minha companhia seja o suficiente para mim…não preciso de mais ninguém, procuro um companheiro apenas para procriar, porque esse é o objectivo da minha vida, da minha vida simples e solitária. Passeio-me ao anoitecer, pois prefiro a envolvência da penumbra, a noite é só, como eu, e por isso acompanha os meus passos sem se entristecer com a minha solidão, compreende-a e aceita-a. Vou perder o meu tempo comigo mesma, conhecendo cada um dos meus espinhos, o seu mecanismo, as suas falhas, e assim que alguém se aproximar e tentar tocar-me mais uma vez, enrolo-me no meu medo, e deixo-me estar sem pensar, confortável na preguiça do momento, não me vão magoar, pois antes de sequer ver o que se aproxima já as defesas se armaram, quem se atrever, sangra.
Ninguém quebra o coração de um ouriço, porque ninguém transpõe os espinhos que o rodeiam.

quinta-feira, outubro 22, 2009

Vertigo

Ela olhava a estante incrédula, após anos figurados finalmente alcançara o significado de “sentimento de vertigem”.
A sua mente vagueava zonza, queimada, enquanto se aproximava perigosamente do abismo...sentimento de vertigem, entre o o equilíbrio e o vazio.
Apercebeu-se que um livro estava ao contrário, mais uma inversão no caos daquela noite. Enquanto balouçava o corpo, a boca repetia “Quero acordar...quero acordar...quero acordar...”
Mas quando a madrugada chegou, Ela não tinha dormido.

7













Já gastámos as palavra, pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certezade que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nomeno silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de tinão há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade

terça-feira, outubro 20, 2009

Feitiços da Lua contra o Cancro

Curse the day, hail the night
Flower grown in the wild
In your empty heart
In the breast that feeds
Flower worn in the dark

Can I steal your mind for a while?
Can I stop your heart for a while?
Can I freeze your soul and your time?
Scorpion flower
Token of death
Ignite the skies with your eyes
And keep me away from your light

Surrender tears to your mortal act
Flower cursed be thy fruit
Of your courage last
Of your grand finale
Flower crushed in the ground
In your empty heart
In the breast that feeds
Flower worn in the dark

Can I steal your mind for a while?
Can I stop your heart for a while?
Can I freeze your soul and your time?

In your empty heart
In the breast that feeds
Flower worn in the dark

Can I steal your mind for a while?
Can I stop your heart for a while?
Can I freeze your soul and your time?
Scorpion flower
Token of death
Ignite the skies with your eyes
Moonspell @ HardRock

quinta-feira, agosto 06, 2009

Compra por Impulso

Passei na Fnac sem querer a coisa, e lá estavam eles...Quando os procurava andavam sempre a fugir-me, e logo agora que já tinha desistido da compra porque há a vaga hipótese da Saída de Emergência os vir a publicar, saltam-me à vista na zona das importações especiais!


A verdade é que a caixa é linda, e vai ficar tão bem na minha estante nova...
Dragonlance Chronicles são os livros que começaram a narrar as histórias em Krynn. Dragões, que apenas existiam nas histórias contadas para crianças, subitamente retornam ao mundo devastando tudo por onde passam. Dá-se início à guerra que planeia trazer Takhisis, a maior deusa do panteão maligno, de volta à Krynn.

Oscar Wilde


- Nasceu em Dublin a 16 de Outubro de 1854;


- Foi morar para Londres onde ficou conhecido pelas suas atitudes extravagantes;


- Foi casado e teve dois filhos;


- O amigo Robert Ross confrontou-o fazendo-o assumir as tendências homossexuais com que se debatia desde a adolescência;


- Apesar de se tratar de um escritor excelente e versátil, escreveu apenas um romace, O Retrato de Dorien Gray, publicado em 1891;


- Em 1895, após três julgamentos, foi condenado a dois anos de prisão, com trabalhos forçados, por "cometer actos imorais com diversos rapazes";


- Depois de sair da prisão foi morar para Paris e adoptou o pseudónimo de Sebastian Melmoth, aí morreu de um forte ataque de meningite (agravado pelo alcóol e pela sífilis) em 1900.

quarta-feira, agosto 05, 2009

Triângulo Amoroso a Dois Corpos


Na contracapa de The Host (Nómada), Stephanie Meyer desvenda um pouco desta história de ficção que de científica tem muito pouco, falando-nos da sua personagem principal Melanie Strider, e de como esta vê o seu corpo invadido por uma "alma" que mais não é do que um parasita alienígena, que juntamente com muitos outros da sua espécie chegam à Terra com o intuito de por um lado manter a sua própria sobrevivência através dos corpos dos humanos, e por outro privar o Mundo do que consideram ser uma praga proliferadora de violência, consumismo e destruição. No entanto, Melanie recusa-se a desaparecer, mantendo-se consciente dentro do corpo que agora partilha com Wanderer/Nómada, e acabando por fazê-la procurar o homem que ama.


Depois da Saga Luz e Escuridão não posso dizer que este livro me tenha surpreendido, já que segue os mesmos parâmetros que os anteriores, sendo, independentemente dos motivos sobrenaturais ou fantásticos, um romance essencialmente destinado a adolescentes e jovens adultos (não querendo isso dizer que pessoas doutras faixas etárias não o apreciem da mesma forma). Confesso que preferi o Crepúsculo, no entanto também gostei deste livro tendo-me mantido agarrada e expectante durante os últimos capítulos, acho que a melhor parte do livro é mesmo a final, visto que a meio o livro perde um pouco o ritmo, tornando-se mais monótono, e só recuperando a acção mais tarde.

Para além das quebras no ritmo, a escritora perde pela simplicidade da sua escrita, pelo menos a meu ver, mas tendo em conta o seu público alvo talvez seja acertado manter a leitura mais leve. O meu truque para apreciar a escrita de Meyer, e que adoptei desde o Lua Nova, é ler os livros em versão original, uma vez que não estando na minha língua nativa a escrita nunca me parecerá tão básica, e aproveito ainda para desenferrujar o inglês.


(É só de mim, ou há sérias parecenças entre estas "alminhas" e os ET's do Puppet Masters?)

Tarde de mais...


Quando chegaste enfim, para te ver
Abriu-se a noite em mágico luar;
E para o som de teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar...

Chegaste, enfim! Milagre de endoidar!
Viu-se nessa hora o que não pode ser:
Em plena noite, a noite iluminar
E as pedras do caminho florescer!

Beijando a areia de oiro dos desertos
Procurara-te em vão! Braços abertos,
Pés nus, olhos a rir, a boca em flor!

E há cem anos que eu era nova e linda!...
E a minha boca morta grita ainda:
Porque chegaste tarde, ó meu Amor?!...


Florbela Espanca

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Eu bem sabia...

You Are A Pine Tree
You love agreeable company, peace, and harmony.Compassionate and friendly, you love to help others.A natural poet, you have a very active imagination.You are very soft on the inside - needing affection and reassurance.You can fall in love deeply, but you will leave if you feel betrayed.

PINE TREE (the Particular)
Loves agreeable company, very robust, knows how to make life comfortable, very active, natural, good companion, but seldom friendly, falls easily in love but its passion burns out quickly, gives up easily, everything disappointments until it finds its ideal, trustworthy, practical.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Work Work Work

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas
Essas e o que faz falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...
Álvaro de Campos


Já senti este íssimo cansaço, mas actualmente não tenho tempo para me cansar dessa forma, o meu cansaço deve-se sem dúvida a esse grande Mal da humanidade que é o Trabalho. Mas com uma vista assim, nem nos podemos queixar muito, não é...?

Photobucket - Video and Image Hosting

Não tenho tempo!


quarta-feira, setembro 27, 2006

Eu!


Se eu fosse um mês seria Outubro.
Se eu fosse um dia da semana seria Sábado.
Se eu fosse um número seria 2.
Se eu fosse um astro seria a Lua.
Se eu fosse uma direcção seria Em Frente (olhando para todos os lados).
Se eu fosse um móvel seria uma Cama de Dossel.
Se eu fosse um liquido seria um Chocolate Quente.
Se eu fosse uma pedra seria uma Ónix.
Se eu fosse um metal seria Ouro Branco.
Se eu fosse uma árvore seria um Pinheiro.
Se eu fosse uma fruta seria um Morango (com vinho do porto e açúcar).
Se eu fosse uma flor seria uma Rosa (negra).
Se eu fosse um clima seria um Microclima.
Se eu fosse um instrumento musical seria uma Gaita-de-Foles.
Se eu fosse um elemento seria Água.
Se eu fosse uma cor seria Roxo (para não dizer preto, porque não é uma cor…).
Se eu fosse um animal seria um Lince.
Se eu fosse um som seria um Uivo.
Se eu fosse uma letra de música seria The Killing Moon - Echo and the Bunnyman.
Se eu fosse uma canção seria Two Trees – A Celtic Tale.
Se eu fosse um estilo musical seria 80’s.
Se eu fosse um perfume seria Hugo – Hugo Boss.

Se eu fosse um sentimento seria a Paixão.
Se eu fosse um livro seria O Filho das Sombras - Juliet Marillier.
Se eu fosse uma comida seria uma Fatia de Bolo de Chocolate (do Irish & Co.)
Acompanha por uma Decider de Garrafa (porque lá não há de pressão).
Se eu fosse um lugar seria Sintra.
Se eu fosse um gosto seria Chocolate Negro.
Se eu fosse um cheiro seria o Cheiro da Serra em Tardes Húmidas de Nevoeiro.
Se eu fosse uma palavra seria Maharet.
Se eu fosse um verbo seria Sentir.
Se eu fosse um objecto seria um Livro.
Se eu fosse uma roupa seria um Vestido Preto Comprido, de Veludo e Renda, com Espartilho Incorporado.
Se eu fosse uma parte do corpo seria o Coração.
Se eu fosse uma expressão seria uma Careta.
Se eu fosse um desenho animado seria a Ana dos Cabelos Ruivos.
Se eu fosse um filme seria O Castelo Andante.
Se eu fosse uma forma seria um Crescente.
Se eu fosse uma estação seria o Outono.
Se eu fosse uma frase seria “Para ser grande sê inteiro…”.


*Roubado da Bxana

terça-feira, setembro 26, 2006

Eternal Autumn


So sudden it seemed this tragic vision painted before my eyes
Amidst falling leaves I had found my beloved bloodstained and pale
Falling into the forever so silent
Aware of my presence she turned towards me her agonizing stare
One last breath and she whispered
Everything dies before my tearfilled eyes
Dead and silent, a golden leaf of autumn
Falling before my tearfilled eyes
This withering beauty
This eternal autumn
So silent
So silent
Forest of Shadows

segunda-feira, setembro 11, 2006

Iubesc...


*Mina turns to leave
Dracula holds her by the arm*
Dracula: Do not fear me.
*He steers her into a back room and makes her lie on a couch
He leans over her*
Mina: Stop this! Stop this! God, who are you? I know you!
Dracula: I have crossed oceans of time to find you.
in Bram Stoker's Dracula
^*^

terça-feira, setembro 05, 2006

Tempo de tirar os All Star do fundo do armário...

Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay
Were laid spread out before me as her body once did
All five horizons revolved around her soul
As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed has taken a turn
Ooh, and all I taught her was everything
Ooh, I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands chafe beneath the clouds
Of what was everything
Oh, the pictures have all been washed in black, tattooed everything...
I take a walk outside
I'm surrounded by some kids at play
I can feel their laughter, so why do I sear
Oh, and twisted thoughts that spin round my head
I'm spinning, oh, I'm spinning
How quick the sun can, drop away
And now my bitter hands cradle broken glass
Of what was everything?
All the pictures have all been washed in black, tattooed everything...
All the love gone bad turned my world to black
Tattooed all I see, all that I am, all that I'll be...yeah...
I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be a starIn somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, why can't it be mine

We belong together...



4 de Setembro de 2006 - Pavilhão Atlântico

LINDO :')

^*^

terça-feira, agosto 29, 2006

O Descanso da Guerreira

Isla Mágica - Sevilha










Praia de Santa Eulália - Albufeira

Dias Medievais - Castro Marim

sexta-feira, agosto 11, 2006

Onze...


Quando te vi amei-te já muito antes:
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há cousa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que o não fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro.

E eu soube-o só depois, quando te vi,
E tive para mim melhor sentido,
E o meu passado foi como uma 'strada
Iluminada pela frente, quando
O carro com lanternas vira a curva
Do caminho e já a noite é toda humana.

Quando eu era pequena, sinto que eu
Amava-te já longe, mas de longe...

Fernado Pessoa

quinta-feira, agosto 10, 2006

A Voz dos Deuses

"Os deuses falam aos homens com vozes diferentes, conforme eles são capazes de entender. Os jovens ouvem essas vozes no estrépito das batalhas ou no acto do amor, os velhos aprendem a escutar de outra maneira."

Há já bastante tempo que, alguém especial, tinha aguçado a minha curiosidade em relação ao livro A Voz dos Deuses de João Aguiar, mas há sempre livros ansiosos por saltar da prateleira, bem como outros mais malandros que nos fazem olhinhos das estantes das livrarias, feiras ou mesmo hipermercados, acabando aqui o pobre leitor por sucumbir aos seus encantos, deixando outros possíveis futuros amores para segundo plano. Contudo, finalmente chegou o dia em que o feliz contemplado seria mesmo o grande Viriato, e assim terminei de devorar este livro há três diazitos.
É realmente tão bom quanto eu pensava, e fiquei agradavelmente surpreendida quando me apercebi que uma peça que adorei ver, há uns dois anos atrás, foi baseada neste mesmo livro. E já agora, para além de sugerir a leitura do livro, sugiro também o visionamento da peça, porque é realmente interessante, e o cenário é fantástico: o místico Castelo de Almourol (bem, o cenário não é propriamente o castelo, sendo este, antes o pano de fundo, o palco em si é o anfiteatro ao ar livre que fica logo ali, na margem do Tagus).
Infelizmente não tenho fotos dessa belíssima noite, já que esta foi o final de um fim-de-semana em grande, e como tal a máquina fotográfica meteu baixa e recusou-se a trabalhar mais, mas garanto que vale a pena, que mais não seja pela espantosa ceia servida no intervalo, em que não faltam as malgas de vinho tinto e as sandes de bácoro! ;)
Esta ideia original deve-se ao grupo Fatias de Cá, que este ano repete a façanha, tendo outros espectáculos pelo país. Pessoalmente, estou bastante inclinada para dar um salto ao jardim Botânico de Coimbra, e ver a Inês.

http://www.fatiasdeca.com/

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